Monday, February 25, 2013

Assim

E ela nunca mais será amada assim;
talvez mais,
talvez menos;
mas nunca assim.

Raquel I

– Tem espaço na sua cabeça?
– Pra quê?
– Tô precisando de refúgio.
– Minha cabeça está cheia, meus pensamentos são bichos resistentes e proliferam-se rápido também.
Raquel perdeu os olhos no horizonte, da ponte em que estavam se sentiu desolada e perdida como a formiga que passava sutilmente pelos teus dedos.
– Mas... Se quiser... Pode morar nos meus braços – disse Franz.

(Ohana Lopes RibeiroRecanto das Letras - Prosa Poética)